
AVALIAÇÃO



"Educar é semear com sabedoria e colher com paciência."
Augusto Cury
Apresento, aqui, as propostas de avaliação para as tarefas desenvolvidas com os(as) estudantes dos anos finais do Ensino Fundamental. Essas propostas avaliativas contemplam o público da Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre, RS, devendo ser ajustado conforme a realidade de cada escola.
Proposta Pedagógica Curricular para o Ensino de Música nos Anos Finais do Ensino Fundamental
Apesar dos desafios, a Base Nacional Comum Curricular defende que os processos de criação necessitam ser compreendidos com a mesma relevância que os eventuais produtos artísticos oriundos dessas práticas. Estes conhecimentos, produzidos nas aulas de Arte, envolvem procedimentos e técnicas, possibilitando a compreensão das relações sociais dos sujeitos na sua interação com a arte e a cultura (BRASIL, 2018).
Desse modo, a BNCC propõe uma articulação entre seis dimensões do conhecimento artístico, perpassando cada um dos quatro conhecimentos específicos de forma indissociável e simultânea. Essas seis dimensões não são propostas de categorias ou eixos temáticos, “mas de linhas maleáveis que se interpenetram, constituindo a especificidade da construção do conhecimento em Arte na escola” (BRASIL, 2018, p. 190).
A BNCC propõe, nesse sentido, as seguintes dimensões:
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Criação: refere-se a criação, produção e construção do fazer artístico individual ou coletivo, apreendendo o processo de tomada de decisões, desafios, conflitos e negociações que o fazer artístico comporta;
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Crítica: refere-se às impressões e compreensões dos sujeitos em relação à arte e ao espaço em que vivem por meio do estudo e da pesquisa de diferentes manifestações artísticas e culturais, articulando ações e pensamentos propositivos que envolvam política, história, filosofia, ciências sociais, economia e cultura;
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Estesia: refere-se à sensibilidade dos sujeitos quanto ao espaço, ao tempo, ao som, às ações, às imagens, ao próprio corpo e aos diferentes materiais, articulando as experiências sensíveis e a percepção como modo de conhecer a si mesmo, o outro e o mundo, trazendo o corpo como protagonista da experiência;
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Expressão: refere-se à exteriorização e a manifestação das criações artísticas, quer sejam individuais ou coletivas, compartilhando elementos constitutivos de cada linguagem, suas especificidades e materialidades;
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Fruição: refere-se à abertura para a sensibilização durante as práticas artísticas por meio do deleite, do prazer ou do estranhamento, implicando na disponibilidade dos sujeitos para a continuidade do trabalho com produções artísticas e culturais, oriundas de diferentes épocas, lugares e grupos sociais;
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Reflexão: refere-se à construção de argumentos e ponderações quanto as fruições, as experiências artísticas e seus processos criativos, percebendo, analisando e interpretando as manifestações artísticas e culturais tanto como criador quanto como leitor (BRASIL, 2018);
Através dessas seis dimensões, portanto, a BNCC propõe um desenvolvimento artístico pautado no desenvolvimento de habilidades e técnicas para o fazer artístico, mas, também, reflexões, fruições e críticas, que fomentem os conhecimentos em Arte. Todavia, é importante destacar que não há hierarquias entre essas dimensões, tampouco uma ordem para se desenvolver cada uma no campo pedagógico (BRASIL, 2018).
A proposição dessas seis dimensões é constituída, sobretudo, para possibilitar o desenvolvimento artístico escolar, pois, segundo a BNCC, essas dimensões buscam facilitar o processo de ensino e aprendizagem na Arte na escola. A música, nesse contexto, é entendida como a materialização dos sons que ganham forma, sentido e significado, permeando “a percepção, experimentação, reprodução, manipulação e criação de materiais sonoros diversos, dos mais próximos aos mais distantes da cultura musical dos alunos” (BRASIL, 2018, p. 192), possibilitando vivências musicais inter-relacionadas à diversidade e aos saberes fundamentais para sua inserção e participação crítica na sociedade.
A Arte no Ensino Fundamental, então, deve oportunizar aos(as) estudantes a expansão de seu repertório e a ampliação da autonomia dos(as) alunos(as) nas práticas artísticas, promovendo reflexões sensíveis e críticas sobre os conteúdos artísticos e seus elementos constitutivos, reconhecendo a diversidade de saberes e legitimando os modos de pensar, experienciar e fruir a Arte (BRASIL, 2018).
Assim, a BNCC organiza unidades de propostas curriculares contendo um bloco destinado às atividades artísticas propostas para estudantes do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental, permitindo que as escolas e as redes de ensino organizem seus currículos e suas propostas pedagógicas pautadas nesse sistema com as devidas adequações em cada contexto. Entretanto, destacou-se que
Para promover a sistematização dos currículos escolares, a Base Nacional Comum Curricular estabeleceu unidades temáticas de objetos de conhecimento, acompanhadas de habilidades a serem desenvolvidas nas aulas de Arte durante todo o Ensino Fundamental na etapa que compreende do 6º ao 9º ano. Para melhor compreender a proposta, procurei tabular as unidades temáticas e suas habilidades, auxiliando na sistematização das mesmas para possibilitar a construção desta proposta curricular para alunos(as) da Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre, RS. Confira, abaixo, o quadro 1:
Quadro 1: Habilidades musicais a serem desenvolvidas dentro das unidades temáticas propostas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC)
Fonte: Elaborado pela autora seguindo fielmente a proposta curricular da BNCC (BRASIL, 2018, p. 204-205)
Ao conhecer e compreender a BNCC e suas proposições quanto a aquisição de competências por meio do desenvolvimento de habilidades artísticas, foi possível, então, analisando o caderno de documentos coletados por meio dessa pesquisa, constituir a proposta curricular para o ensino da música nos anos finais do Ensino Fundamental.
Apresenta-se, aqui, portanto, o principal produto desse trabalho investigativo produzido junto ao Mestrado Profissional em Educação, em que proponho um currículo específico para os(as) alunos(as) dos Anos Finais do Ensino Fundamental da RME-POA, fornecendo subsídios de trabalho para os(as) professores(as) de música que atuam com aulas de arte-educação nessa distinta realidade de ensino.
1º Trimestre
2º Trimestre
3º Trimestre
Proposta Pedagógica Curricular para o Ensino de Música no 6º ano do Ensino Fundamental
A progressão das aprendizagens não está proposta de forma linear, rígida ou cumulativa com relação a cada linguagem ou objeto de conhecimento, mas propõe um movimento no qual cada nova experiência se relaciona com as anteriores e as posteriores na aprendizagem de Arte (BRASIL, 2018, p. 193).
Proposta Pedagógica Curricular para o Ensino de Música no 7º ano do Ensino Fundamental
1º Trimestre
* Este estilo musical pode ser alterado, modificando as demais propostas de acordo com cada estilo musical;
2º Trimestre
* Este estilo musical pode ser alterado, modificando as demais propostas de acordo com cada estilo musical;
3º Trimestre
Proposta Pedagógica Curricular para o Ensino de Música no 8º ano do Ensino Fundamental
1º Trimestre
2º Trimestre
3º Trimestre
Proposta Pedagógica Curricular para o Ensino de Música no 9º ano do Ensino Fundamental
1º Trimestre
2º Trimestre
3º Trimestre
Referência:
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: 2018. In: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf, acessado em 22 de junho de 2019.
SCHAFER, Murray. O Ouvido Pensante. Tradução Marisa Trench de O. Fonterrada, Magda R. Gomes da Silva e Maria Lúcia Pascoal. São Paulo: Fundação Editora da Unesp, 1991.